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OMS alerta sobre os riscos do uso de medicamentos falsificados e suas possíveis consequências

Desde 2013, a OMS recebeu 1,5 mil notificações de casos de produtos abaixo do padrão ou falsificados


Países de baixa e média renda são os mais suscetíveis de sofrerem com a comercialização de medicamentos falsificados. De cada dez produtos médicos, um é falsificado ou apresenta baixa qualidade de efeito.


É o que aponta a pesquisa realizada em 2017 pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo os dados, desde 2013 a OMS recebeu 1,5 mil notificações de casos de produtos abaixo do padrão ou falsificados. Cerca de 42% dos medicamentos vem da África; 21% das Américas e os outros 21% da Europa. Entende-se por medicamentos falsificados aqueles que não provêm do fabricante original ou que sofreram alterações ilegais antes do seu fornecimento ao paciente.


A globalização traz consigo o fácil acesso a informações técnicas e de comunicação direta entre fornecedor e cliente. Isso dificulta a regulamentação dos produtos médicos. Falsificadores fabricam e imprimem embalagens em diferentes países, onde podem ser montados e distribuídos, muitas vezes a um destino final específico.


Os medicamentos falsificados afetam as comunidades mais vulneráveis. Esses produtos chegam ao paciente quando há incapacidade técnica para impor padrões de qualidade de fabricação, fornecimento e distribuição são inadequadas, além da própria postura governamental negligente, pela prática antiética dos atacadistas, distribuidores, varejistas e profissionais da saúde.


Com a alteração do medicamento - caso tenha sido diluído ou muito concentrado -, a doença que devia ser tratada permanece ou piora, significando risco de morte. Há também chances de intoxicação quando a fórmula do produto é alterada clandestinamente. Podem conter o ingrediente correto, mas em dose muito alta ou muito baixa. Em certos casos o produto pode apresentar data de validade alterada, não conter o ingrediente ativo, ser vendido em embalagens diferentes daquele declarado, em embalagens, panfletos de informações, blisters (cartelas de comprimidos) falsos ou vendidos sem nota fiscal.


Outros casos ocorrem quando medicamentos verdadeiros são roubados de laboratórios, saqueados durante transporte ou quando amostras grátis são reembaladas pelas quadrilhas. Esses medicamentos perdem as garantias de higiene e conservação, aumentando o risco à saúde.


Algumas recomendações da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) busca justamente diminuir os casos de comercialização destes produtos antes do início do tratamento médico pelos pacientes: "Não compre medicamentos em feiras e camelôs; atenção com promoções e liquidações (porque preços muito baixos podem indicar que o medicamento tem origem duvidosa, sem garantia de qualidade ou até mesmo roubado); exija sempre a nota fiscal e não compre medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que soltam facilmente e estejam apagados e borrados".


É fundamental adquirir produtos medicamentosos em farmácias especializadas e enquadradas conforme a lei e com base na regulamentação proposta pelos órgãos de saúde competentes.


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